ROSI BONINSEGNS
Sete dos 11 candidatos ao governo do Estado participaram, na quarta-feira (10), do Tá na Mesa, tradicional evento promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). Foram convidados para o painel os concorrentes ao governo do Estado que os partidos têm representação na Assembleia Legislativa.
Participaram Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite (PSDB), Luis Carlos Heinze (Progressistas), Onyx Lorenzoni (PL), Ricardo Jobim (Novo), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT). Do meio-dia até as 14h, os candidatos responderam a questionamentos, entre outros, sobre o equilíbrio das contas públicas, desenvolvimento do Estado e privatizações. Comparado ao debate da Rede Bandeirantes no Rio Grande do Sul realizado no último domingo, no painel da Federasul a temperatura se elevou e houve mais duelos entre Edegar e Onyx, Onyx e Leite e de Vieira com Leite.
O ex-governador esteve na mira da maioria dos candidatos devido à renúncia ao cargo, no final de março, de olho em uma vaga para concorrer a presidente, o que não se concretizou. Como não havia perguntas entre si, os adversários aproveitavam as respostas aos questionamentos para criticar a postura de Leite, que defendeu as ações do seu governo e sua posição de renunciar o Piratini. Representantes das candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Onyx e Edegar, respectivamente, protagonizaram duelos de gestões.
Já Heinze e Bogo de desviaram das polêmicas, e Jobim procurou mirar em todos os outros candidatos. Confira algumas das declarações dos candidatos durante o painel.
Edegar Pretto, do PT
“Eduardo Leite fez campanha e votou para o Bolsonaro, portanto é responsável pelo presidente que aí está, o candidato Onix, até ontem, ele, seu partido, sua turma fizeram parte do governo do Eduardo Leite. Senhoras e senhores! Não acreditem nessa guerra de bugio, ela é falsa”.
Eduardo Leite, do PSDB.
“O que importa para o Rio Grande do Sul nos próximos anos não é se o governante, se o governador é Lula ou Bolsonaro, mas, sim, sua capacidade de resolver os problemas daqui e de se relacionar com o presidente, seja Lula, seja Bolsonaro, ou seja outro que vier pela frente”.
Onix Lorenzoni, do PL
“A única coisa que eu concordo com o candidato do PT é que, neste momento, no Brasil, existem duas propostas claras. Um projeto de poder, que levou uma quadrilha ao poder, que roubou o Brasil e, por outro lado, o governo da esperança, de um homem que olhou para as pessoas.”
Luiz Carlos Heinze, do Progressistas
“Se saio da zona de conforto do Senado Federal é para enfrentar essa peleia noRio Grande e mostrar que esse Estado tem saída e solução”.
Ricardo Jobim, do Novo
“Eu represento o setor produtivo, não sou um político profissional. A exploração politiqueira no Brasil joga uns contra os outros e o Rio Grande também”.
Vicente Bogo, do PSB
“Primeiro, é preciso fazer a repressão à criminalidade, segundo a prevenção e a assistência social às populações vulneráveis e terceiro, rever a política prisional visando à reinserção.”
Vieira da Cunha, do PDT
“Nós não temos de escolher entre a esquerda corrupta e a direita raivosa. Tem vida fora dessas duas candidaturas”.
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